“O Segundo Sexo” e a Revolução Feminista dos Anos 60

Simone de Beauvoir

Que tal analisarmos juntas mais uma questão sobre a História das Mulheres no enem? A questão da vez é sobre “O Segundo Sexo” e a Revolução Feminista dos Anos 60.

"Ninguém nasceu mulher: torna-se mulher". Simone de Beauvoir
Card com a frase de Simone de Beauvoir: ninguém nasce mulher, torna-se mulher.

Na década de 1960, a proposição de Simone de Beauvoir contribuiu para estruturar um movimento social que teve como marca o(a)

a – ação do Poder Judiciário para criminalizar a violência sexual.

b – pressão do Poder Legislativo para impedir a dupla jornada de trabalho

c – organização de protestos públicos para garantir a igualdade de gênero.

d – oposição de grupos religiosos para impedir os casamentos homoafetivos.

e – estabelecimento de políticas governamentais para promover ações afirmativas.

Simone de Beauvoir e “O Segundo Sexo”

Os anos de 1960 foram um período de efervescência social e cultural. Profundas transformações nos costumes e nas relações de poder aconteceram naquela década. Neste contexto, o movimento feminista ganhou força e visibilidade em todo o mundo, impulsionando debates acerca das estruturas patriarcais. Uma das principais vozes dessa revolução foi a filósofa francesa Simone de Beauvoir, autora da obra “O Segundo Sexo”, um marco fundamental para o pensamento feminista.

O livro é de 1949, sendo um dos mais importantes sobre o feminismo. A autora questiona a ideia de que a feminilidade é uma essência natural e imutável, argumentando que a mulher é construída socialmente.  “Ninguém nasce mulher: torna-se mulher” é a frase mais conhecida da obra que que esclarece sobre as opressões baseadas em gênero e sobre as desigualdades entre homens e mulheres.

Então, ao analisar a condição feminina em diversas sociedades e ao longo da história, Beauvoir demonstra como a mulher é, frequentemente, submetida a uma posição de inferioridade. Historicamente, a mulher sofreu a privação de direitos e oportunidades por ser mulher. Assim, a filósofa propõe uma profunda transformação social, que permita às mulheres exercerem sua plena autonomia e liberdade.

O Impacto de “O Segundo Sexo” no Feminismo dos Anos 60

A obra de Simone de Beauvoir exerceu uma influência decisiva no movimento feminista da década de 1960. Desta forma, seus escritos inspiraram uma geração de mulheres a questionar os papéis tradicionais e a lutar por igualdade de direitos. Portanto, a proposição de Beauvoir de que a condição feminina é uma construção social contribuiu para desnaturalizar as desigualdades entre os sexos e a fomentar a organização de movimentos sociais em prol da causa feminina.

Por isso, a resposta correta para a questão é a letra c: organização de protestos públicos para garantir a igualdade de gênero.

A década de 1960 é conhecida por uma série de protestos e manifestações que visavam chamar a atenção para as desigualdades baseadas em sexo e exigir mudanças nas leis e nas instituições. Naquele contexto, as feministas organizaram marchas, ocupações e outras ações diretas para denunciar a discriminação e a violência contra as mulheres e para reivindicar direitos como o acesso ao mercado de trabalho, o controle sobre a própria sexualidade e a igualdade salarial.

Maternidade e Trabalho Doméstico: A Dupla Jornada

Em “O Segundo Sexo”, Beauvoir dedicou um capítulo inteiro à análise da maternidade, desmistificando a ideia de que a mulher é naturalmente destinada à maternidade e que esta é a realização máxima de sua vida. De acordo com a autora, a maternidade é uma escolha socialmente construída e as mulheres são frequentemente pressionadas a priorizar a família em detrimento de suas próprias aspirações.

Nesta direção, o trabalho doméstico, outro tema central na obra de Beauvoir, é apresentado como uma forma de escravidão moderna, que limita a autonomia das mulheres e as impede de participar plenamente da vida social e política. Em outras palavras, a filósofa denunciou a invisibilização do trabalho doméstico e a desvalorização social do trabalho realizado pelas mulheres dentro de casa.

A Importância de “O Segundo Sexo” e a Revolução Feminista dos anos 60

O legado de Simone de Beauvoir e de “O Segundo Sexo” transcende a década de 1960. Desta maneira, a obra continua a ser uma referência fundamental para os estudos sobre as mulheres. Sobretudo, as ideias de Beauvoir sobre a construção social do gênero, a importância da autonomia feminina e a necessidade de transformar as estruturas sociais patriarcais continuam a inspirar novas gerações de ativistas e pesquisadoras.

Conclusão

Em síntese, Simone de Beauvoir e “O Segundo Sexo” desempenharam um papel crucial na construção do movimento feminista contemporâneo. Deste modo, ao questionar as bases da naturalização das desigualdades pautadas nos papéis sexuais, a filósofa francesa abriu caminho para uma profunda reflexão sobre as relações entre homens e mulheres. Acima de tudo, o legado de Beauvoir continua a ser relevante nos dias de hoje, inspirando a luta por uma sociedade mais justa e igualitária.

Para finalizar, espero que você tenha compreendido a respeito a importância do tema “O Segundo Sexo” e a revolução feminista da década de 1960! Agora é hora de aprimorar seus  seus conhecimentos!  Saiba mais sobre Simone de Beauvoir aqui. Emocione-se com Fernanda Montenegro recitando a filósofa. Além disso, você pode consultar outras questões sobre História das Mulheres!

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